Especialista do setor explica como isso deve refletir no cenário energético nacional e oferece alternativas para economizar energia
É imprescindível dizer que o valor da conta de energia é uma problemática recorrente no Brasil. O país ocupa a segunda posição de conta mais cara do mundo e os motivos para tal feito incluem aumentos exorbitantes nos custos de encargo e esta foi exatamente uma das razões pelas quais a CEMIG, Companhia Energética de Minas Gerais e uma das mais importantes distribuidoras do país, definiu um reajuste tarifário considerável aos consumidores residenciais e de alta tensão do estado.
Em uma reunião de quase três horas, a ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, estabeleceu um aumentos na tarifa de energia da CEMIG, superior a 13% para o consumidor residencial e, para o consumidor de alta tensão, quase 9%. A decisão foi motivada, segundo a ANEEL, pelos custos de encargos, gastos nos últimos anos e subsídios para geração distribuída. Ainda que o aumento para o pequeno consumidor possa ser considerado exorbitante, as empresas, ou consumidores de alta tensão, são aqueles que precisam se atentar de forma prioritária ao reajuste da tarifa. Além da Cemig, Elektro e Equatorial Alagoas também tiveram suas tarifas ajustadas.
Lucas Paiva é COO da Lead Energy e atuou por 7 anos na CCEE, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Segundo ele, a principal saída para que as organizações possam reduzir o custo de energia é tentar a famosa migração para o Mercado Livre de Energia:
“Transferir-se para o Mercado Livre é a melhor opção para as empresas que gastam valores exorbitantes com contas de energia. É preciso democratizar o conhecimento sobre novas soluções, para que esses consumidores possam otimizar suas respectivas tarifas”.
A Lead Energy é uma startup idealizada por Raphael Ruffato, com o objetivo de oferecer diagnóstico e soluções energéticas que possam beneficiar os clientes com a redução dos valores pagos em contas de energia. Na plataforma, o consumidor insere a sua conta, que é traduzida em segundos, demonstrando as opções viáveis para economizar. Considerando os serviços prestados pela Lead e o ajuste da CEMIG, Lucas afirma que os atuais e possíveis clientes não devem se preocupar, já que as vantagens proporcionadas pelas soluções da empresa continuarão sendo positivas: “Quando o consumidor opta por aderir às nossas soluções, é previsto que ele tenha uma redução de custo em 25%. Sendo assim, o reajuste tarifário não implica nos resultados que oferecemos aos clientes, uma vez que continuaremos viabilizando uma economia considerável nas contas de energia”. Sobre possíveis novos reajustes em outras distribuidoras, Lucas afirma que os consumidores de outras regiões do país não precisam, necessariamente, se preocupar com a aparição de novos valores, uma vez que decisões como esta são motivadas por razões individuais de cada organização: “Não se pode dizer que essa definitiva pode influenciar outros estados, pois as razões por trás do reajuste não estão conectadas com outras companhias. Tudo depende do que acontece com os contratos e acordos de cada distribuidora”, finaliza.
Por Ayla Monteiro – Isabella Otero Comunicação