Embora o uso de combustíveis fósseis – como carvão, petróleo e gás – esteja previsto para atingir seu pico antes do final desta década, o aumento na utilização de fontes de energia renováveis ainda não será suficiente para frear o avanço das emissões globais de gases de efeito estufa. Isso coloca o planeta em uma trajetória preocupante de aquecimento de 2,4°C, muito além da meta de 1,5°C estabelecida no Acordo de Paris.
Essa meta é considerada essencial para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos e a elevação do nível dos oceanos.
Impactos Climáticos Já São Evidentes
De acordo com o relatório anual da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado a menos de um mês da COP29, que ocorrerá em Baku, Azerbaijão, entre 11 e 22 de novembro, eventos climáticos extremos já estão afetando profundamente a operação dos sistemas energéticos. O documento menciona ondas de calor, secas, inundações e tempestades que se intensificaram devido às emissões elevadas ao longo das últimas décadas.
Novo Cenário Energético Global
O relatório da AIE aponta que, na segunda metade desta década, o mercado energético global entrará em um novo contexto, marcado por riscos geopolíticos contínuos e uma oferta abundante de diferentes fontes de energia. O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, sugere que essa abundância, especialmente de petróleo e gás natural, pode proporcionar um alívio nos preços e oferecer uma oportunidade para revisar os subsídios aos combustíveis fósseis e aumentar os investimentos em energia limpa.
Energias Renováveis Crescem, Mas Ainda Aquém da Meta
Fontes de energia de baixa emissão estão sendo incorporadas ao sistema global em ritmo recorde. Em 2023, mais de 560 gigawatts (GW) de nova capacidade de energias renováveis foram adicionados, e os investimentos globais em energias limpas estão prestes a alcançar US$ 2 trilhões – quase o dobro do valor destinado a novas fontes de petróleo, gás e carvão.
No entanto, mesmo com esse crescimento, as projeções indicam que a capacidade de geração de energias renováveis deverá chegar a 10.000 GW até 2030, um número inferior à meta estabelecida na COP28, que previa a triplicação dessa capacidade.
Desigualdade na Adoção das Energias Renováveis
O relatório da AIE destaca uma desigualdade na adoção das energias renováveis ao redor do mundo. Em 2023, a China sozinha foi responsável por 60% da nova capacidade adicionada globalmente. Além disso, a integração das novas capacidades renováveis às redes elétricas e as expansões necessárias ainda enfrentam desafios, especialmente em economias em desenvolvimento, onde o custo de capital e a incerteza política continuam a retardar projetos de energia limpa.
Crescimento da Demanda por Eletricidade Global
A demanda global por eletricidade cresceu em um ritmo acelerado na última década, dobrando a velocidade de crescimento da demanda energética geral. Dois terços desse aumento vieram da China, que se consolidou como um dos principais protagonistas globais na área de energia. Além disso, o uso crescente de data centers e ferramentas de inteligência artificial começa a gerar impactos na demanda por eletricidade, embora ainda representem uma pequena parcela do aumento total.
Empresas Brasileiras Podem Reduzir Custos no Mercado Livre de Energia
Empresas brasileiras que buscam reduzir seus custos com energia devem migrar para o Mercado Livre de Energia. Esse mercado permite maior flexibilidade na escolha dos fornecedores, maior previsibilidade dos gastos e a possibilidade de adotar fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Para garantir uma transição eficiente, é essencial contar com o suporte de consultorias especializadas, como a Lead Energy, que oferece soluções personalizadas e completas para a gestão energética.
